A gestão de um Escritório de Advocacia exige que o Advogado seja um parceiro de negócios dos seus clientes, e não simplesmente um consultor de temas jurídicos ou de processos. O Advogado deve começar a estudar não apenas o modo como gerenciar o seu escritório, mas também como administrar o negócio do cliente.
Para ter uma visão da gestão de negócios é preciso saber a diferença entre faturamento e rentabilidade. O Advogado deve entender que sua formação não pode se limitar ao Direito, devendo manter a mente aberta para a Economia e a Administração, aproximando-se mais do funcionamento das empresas.
O escritório de advocacia deve ser visto como empresa
Para poder gerenciar melhor o escritório, o Advogado deve entender que sua atividade não é diferente das outras empresas, principalmente quando se trata de gestão. O escritório tem contas a pagar, contas a receber, obrigações trabalhistas e outras despesas, sendo que para funcionar bem, também precisa de estratégias de administração, devendo se direcionar para aspectos como especialização, rentabilidade, necessidade de crescimento e outros temas relacionados ao mundo empresarial.
Se a administração é de um escritório pequeno, onde existem poucos profissionais, é normal que todos trabalhem em diversas frentes. No entanto, a tendência sempre é de crescimento e, quando isso acontece, é necessário estabelecer uma divisão de tarefas, tornando o escritório mais produtivo e racional.
Assim, é necessário trabalhar com a gestão, evitando que todos façam tudo ao mesmo tempo, direcionando atividades e delegando responsabilidades. Dessa maneira, cada um sabe exatamente do que cuidar, mapeando todas as funções, todas as atividades e dividindo as tarefas conforme o perfil de cada profissional.
A gestão como fator de desenvolvimento
A advocacia, atualmente, deve ser vista de forma diferente. Um bom escritório deve reunir profissionais com foco em objetivos, mantendo a consciência do que estão executando e traçando metas onde pretendem chegar dentro de determinado tempo.
Trata-se de uma sociedade que precisa estabelecer uma marca mais forte, que tenha relevância no mercado e não seja apenas mais um escritório de advocacia.
Diante disso, o primeiro ponto a ser discutido é o alinhamento entre todos os sócios do escritório, com um diálogo sempre franco e aberto, com comunicação e transparência e abertura para novos associados que tenham os mesmos objetivos.
Quando todos têm uma direção em comum, o negócio tende a ser mais lucrativo, mantendo uma parceria mais forte e mais homogênea, preparando-se para o crescimento e adaptando-se ao desenvolvimento da atividade.
É importante entender que não basta apenas, depois de formados, reunir uma turma de Advogados para fundar uma sociedade. Fora do meio acadêmico, cada um tem um objetivo e é necessário que esses objetivos sejam comuns a todos os que participam da sociedade.
Portanto, não basta apenas procurar por sócios que ajudem a custear o escritório, dividindo o pagamento de contas e de obrigações trabalhistas, mas sim pessoas que tenham como objetivo o gerenciamento de um negócio que deve se tornar lucrativo e reconhecido como uma marca de serviços bem prestados.